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Jamais morrerei por amor

Ainda que carregue toda a dor

Mesmo tendo o espinho à flor

Mesmo tendo o frio ao calor

Padecendo, perdendo a cor

Comendo sem prazer, sem sabor

Não dormindo; constante torpor

Seguindo. Sem ambição, sem furor

Tudo é cinéreo. Nada me é tentador

Passei! Fui um mero espectador!

2005

Hélder Sena de Sousa
Enviado por Hélder Sena de Sousa em 05/09/2024
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