Morrendo por fração
Pela janela, o sol se despede em lamentos,
Pintando o céu com tons de melancolia.
Nuvens cinzentas aumentam meus tormentos,
E sem alegria sigo, nessa estrada longa e fria.
Em meu peito, há um vazio imenso,
Um eco da tua voz me chama ao vento.
A noite se aproxima, e as estrelas cintilam,
Mas maior é teu brilho em mim, doce lembrança.
O rio geme, espelhando o meu pranto,
E a cada curva, amplia-se a distância.
O tempo implacável devora a esperança,
Enquanto meu âmago, em silêncio, se estilhaça.
Sou um sonho perdido e o tempo avança,
A cada segundo, morrendo por fração,
Aos poucos estou me acabando,
Em restos mortais, transformando-me.