Morrendo por fração

Pela janela, o sol se despede em lamentos,

Pintando o céu com tons de melancolia.

Nuvens cinzentas aumentam meus tormentos,

E sem alegria sigo, nessa estrada longa e fria.

Em meu peito, há um vazio imenso,

Um eco da tua voz me chama ao vento.

A noite se aproxima, e as estrelas cintilam,

Mas maior é teu brilho em mim, doce lembrança.

O rio geme, espelhando o meu pranto,

E a cada curva, amplia-se a distância.

O tempo implacável devora a esperança,

Enquanto meu âmago, em silêncio, se estilhaça.

Sou um sonho perdido e o tempo avança,

A cada segundo, morrendo por fração,

Aos poucos estou me acabando,

Em restos mortais, transformando-me.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 04/09/2024
Reeditado em 04/09/2024
Código do texto: T8144231
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