SUSSURROS DO TEMPO E DO VENTO
Na varanda, em passos leves, vaguei,
Na poltrona do tempo, a paz eu alcancei,
O dia murmurava, e o vento, em dança, fluiu,
Com ele dialoguei, como o tempo me instruiu.
O vento sussurrava segredos ao ar,
Perguntei ao vento: o que é paixão, o que é amar?
Paixão, chama breve, amor, profundo mar,
Na brisa do tempo, ambos podem se apagar.
O vento, apressado, sem rumo se foi,
O tempo, sereno, ao meu lado ficou,
Revelou-me o segredo do sentir e do estar,
Que a paixão pode ceder e em amor se transformar.
Amor, como o vento, pode se esvair,
Ou, na eternidade, quieto, persistir,
Na dança da vida, entre o tempo e a dor,
Descobri que o vento sussurra o amor.