Noites vazias
Sob o manto estrelado, a noite se rende,
Recordo a felicidade, entrelaçadas, nossas mãos,
Do mundo e seus pesares, nos defendiam,
E nossos corações, botões de rosas, ao sol se abriam.
Mas o tempo, cruel, virou a ampulheta,
A paixão que um dia ardeu, agora é cinza e pó,
A brisa que antes nos unia, se dissipou,
O meu peito, em um abismo, precipitou-se.
A saudade é um rio de lembranças, mas,
Eu não posso e nem quero esquecer,
Tua imagem, por todos os lados, espectro,
Em sonhos ouço teu nome, ecos me alcançam.
As noites, antes alegres, agora longas, vazias,
Sem teu calor, a vida perdeu sua melodia.
Olho o céu em busca de fiapos de alegria, mas,
Vejo um manto de trevas, e noites cada vez mais frias