TEU NOME
Ó além, longínqua... Distante,
Aurora quista, ansiada
Tudo que tenho, é nada
Falta-me a luz do olhar infante...
Flores, perfumes de mil primaveras!
Ah musas de luzidas eras! Choram...
E deusas e ninfas se imolam
Onde debruçava Narciso, nas quimeras!
Vês, este ébrio arrependido
Que esqueceu a taça mas tombou vencido
Pelo licor em teu lábio rubro...
Apieda-te, se vi a valsa das esferas
E ainda assim roguei, deveras,
Teu nome, numa tarde qualquer de outubro!
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Observação
1 - "valsa das esferas" - Se refere ao esplendor dos astros, estrelas
2 - "outubro" - Remete a estação da primavera