TEU NOME

Ó além, longínqua... Distante,

Aurora quista, ansiada

Tudo que tenho, é nada

Falta-me a luz do olhar infante...

Flores, perfumes de mil primaveras!

Ah musas de luzidas eras! Choram...

E deusas e ninfas se imolam

Onde debruçava Narciso, nas quimeras!

Vês, este ébrio arrependido

Que esqueceu a taça mas tombou vencido

Pelo licor em teu lábio rubro...

Apieda-te, se vi a valsa das esferas

E ainda assim roguei, deveras,

Teu nome, numa tarde qualquer de outubro!

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Observação

1 - "valsa das esferas" - Se refere ao esplendor dos astros, estrelas

2 - "outubro" - Remete a estação da primavera

André da Costa
Enviado por André da Costa em 31/08/2024
Reeditado em 31/08/2024
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