"Do Passarinho Cativo ao Beija-Flor do Amor"

"Do Passarinho Cativo ao Beija-Flor do Amor"

Já fui passarinho na gaiola, cativo dos meus próprios medos, com as asas apertadas pela incerteza. Cantava canções de saudade, ecoando nos muros invisíveis que ergui ao redor do meu coração. A vida, então, parecia um ciclo de dias iguais, onde cada amanhecer era uma repetição de sonhos não realizados.

Depois, fui passarinho solto, experimentando o céu vasto e cheio de promessas. Voava sem rumo, guiada pelo vento, em busca de algo que ainda não sabia definir. Meus voos foram, por vezes, errantes, tropeçando nas nuvens de desilusão, mas também encontrei caminhos que me levaram a horizontes iluminados. Cada acerto foi uma conquista; cada erro, uma lição guardada no peito.

Hoje, sou beija-flor no jardim do amor, em um espaço onde a liberdade encontra a doçura. Pairo sobre flores que dançam ao som do vento, bebendo o néctar da vida, do afeto e da paz. Aqui, cada batida de asa é uma celebração da beleza que descobri em mim e nos outros. Sou agora parte de um todo maior, onde o amor é a primavera eterna que colore o meu ser.

Já não anseio por voos incertos; meus passos no ar são leves e conscientes. O jardim do amor é meu refúgio, meu destino, o lugar onde encontrei a mim mesma em meio às flores que nunca param de florescer.

Rô Montano___________ ✍

Rô Montano
Enviado por Rô Montano em 29/08/2024
Código do texto: T8139742
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