A colheita
São longos os dias longe de ti.
Onde perco-me em saudades e esperanças temerosas.
Saudades em poder revê-la logo em vista.
E temeroso por entender que da vida temos surpresas. E algumas são descartáveis.
Por isso digo-te:
Tomai para vos todo esse fervor vindo do meu eu.
As flores de março não serão as mesmas em setembro.
E é somente isso?
Não!
Do bosque em que lhe encontrei.
Vespas, abelhas e serpentes foram vencidas por ti.
Sejais pássaro belo ao amanhecer.
Entre as flores deste bosque tão florecido por tua presença.
Que a tua seta, sempre esteja bem posicionada.
E que das tuas decisões, o meu Ser possa estar em algumas delas.
Pois, em todas de certo, estaria sendo leviano ao pedir-lhe está condição.
Em breve setembro se fará presente.
As flores de março já não serão as mesmas do agora.
E a vida talvez me permita colher a rosa mais linda deste bosque repleto por cravos, papoulas e suspiros.
Chanceler crivo