No Silêncio do Reencontro

Era o tempo de meias verdades

quando você me olhava com olhos de lua cheia,

e eu, sem entender as fases,

negava o que o coração já sabia.

Você, com a sabedoria de quem já amou e perdeu,

me guiava pelos caminhos que eu ainda tropeçava,

mas eu, cego na minha pressa de crescer,

não enxergava o presente que era você.

Os anos passaram, como folhas caindo no chão,

e o destino, com sua ironia, nos trouxe de volta.

Agora, com o desejo queimando em mim,

como fogo que nunca apagou,

vejo em seus olhos o mesmo brilho,

mas você, mestre da dissimulação,

esconde o que sente, finge que não.

Escrevo estas palavras,

não mais o menino que recusava o amor,

mas o homem que finalmente entende,

que entre nós, sempre houve mais que o acaso.

E se agora meu coração arde e o seu também,

não deixe o silêncio roubar o que é nosso.

Venha, sem máscaras,

pois o que deixamos para trás,

ainda nos espera, ainda vive.

Jeremias Santos
Enviado por Jeremias Santos em 29/08/2024
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