O assassinato da flor
Dias sóbrios de primavera,
Desejos jogados eternamente ao vento,
Destruindo sabores de pretéritos amores,
Aos poucos me escondo de tenebrosos olhares,
Talvez as luzes jamais se apagariam,
Se nossas vozes ecoassem ao vento,
Perversas fontes de sentimento,
Nossas palavras aos poucos jogadas ao vento,
Jardins regados de dores e ressentimento,
Contra fatos não há argumento,
Nossas palavras jogadas ao vento,
Espinhosos são os desejos plantados em nossos corpos e almas,
Assassinando sentimentos que outrora nos unia,
Uma luz que resplandecia em seu olhar,
Jamais retornarei a lápide que outrora me prendia,
Argumentos soltos ao relento,
Uma flor que outrora resplandecia ao som do ressentimento,
Talvez eu não tenha o vigor do porvir de dores amores,
O assassinato da flor,
Noites e dias sem amor,
Aos poucos nos refazemos de temores e rancores,
O assassinato da flor,
Tampouco fostes minha,
Eterna desejo do amor.