VAIDADE
Talvez eu seja o teu maior delírio
E só tenha entrado em tua vida,
Para bagunçar.
Talvez eu seja a verdade
Anunciada pela boca dos teus amigos.
Por ter quebrado promessas
E ter voado mundo afora,
Tal como um pássaro,
Que desvia do bando
E se arrisca a escrever uma nova história.
Talvez eu não seja o único errado.
Afinal,
A vontade nunca foi uma prioridade.
E até mesmo grandes paixões
Bebem doses exageradas de vaidade.
E eu reconheço,
As vezes onde te tive
Apenas como uma vaidade.
E bem sei que tu,
Também me abocanhou
Quando teu ego sentiu que deveria.
E está tudo bem,
Não há crimes cometidos aqui.
Houve vontade,
Mas nunca prioridade.
Vontade e vaidade,
Em doses ardentes,
Que colidiram em caminhos opostos,
Mas agora retornam ao eixo.
Tu com a tua vida
E eu com a minha.