Nosso dedos

Ao darmos nossas mãos

Passamos tanto tempo juntos

Que nossas mãos se colaram

Nossas palmas se aglutinaram

Nossos dedos, antes distinguíveis

Agora não conseguimos mais diferenciar

Só podíamos chamá-los de nossos

No passado, quando segurava a mão

De outras mulheres, chegava a um

Ponto no qual não conseguia mais segurar

Só que eu não quero mais largar a sua mão

E nem você quer soltar a minha

Creio que nunca senti isso com

Mulher alguma, e nem você

Com nenhum homem

Nossas mãos

Se tornam nossos braços

Nossas pernas

Nossa cabeça

Nosso corpo

Nosso único amor

Unido pela carne

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 23/08/2024
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