AMOR SELVAGEM
Um amor que de tão forte é selvagem,
E que de tão profundo, machuca.
Estremece as grades da razão,
Escandalizando em ais.
Não pediu pra nascer e sobrevive,
Alimentando-se de tua presença,
No sadismo de mantê-lo com migalhas,
Quando a fome por ti é secular.
O amor brilha nos olhos da fera,
Como que seduzindo a presa,
No fascínio da dor do prazer no corpo,
Celebrando o dia da caça e do caçador.
No desejo feroz sou o caçador,
Na sedução encantada sou a caça.
Com os dentes na tua carne,
Com minha carne na tua boca.