Rios do meu interior
Meu coração, um oceano em tempestade,
Muralhas da razão me separam do teu amor,
Açoitado pela dor, vagueio sem norte,
E minhas lágrimas, são rios do meu interior.
A cidade, um labirinto sombrio e cruel,
Reflete a escuridão que em mim cresce,
E a chuva implacável, meu rosto dissolve.
Sonhei com teus olhos, um farol na tempestade,
Mas ao despertar, a solidão me abraçou,
Sujo e exausto, em um mar de incertezas, eu estou.
O sol, impiedoso ao meu tormento, me cega,
Surgindo a cada amanhecer com vãs promessas,
Enquanto a saudade, voraz, me devora por dentro.