Eu tenho medo
Às vezes o medo
Te faz parar no tempo
Te prende no lugar
E não sai um só momento.
Mas o meu medo
Não é aquele que arrepia
Por causa de assombração
No tardar do fim do dia.
Eu não tenho medo do escuro
E nem de assombração
O meu medo é obscuro
Que vem do coração.
Eu não tenho medo de ninguém
Que me venha fazer o mal
Nem das pragas que contém
No espírito de animal.
O meu medo é tenebroso
E bem superficial
Porém, é doloroso
E bem sentimental.
Eu não tenho medo de andar sozinho
E não me preocupo com a fera
Que está no meu caminho
Que a muito tempo me espera.
Mas eu tenho medo e vou dizer
De um dia encontrar,
Mas logo vim a perder
A pessoa que me fez amar.
Francisco Antonio.