Contradições do Amor
Sou o amor em constante evolução,
odeio tanto quanto amo,
minto para mim mesma,
me enrolo, me troco,
me descabelo,
me jogo no travesseiro
e me leio pelo avesso.
Caminho em círculos,
entre promessas e desilusões,
sou o silêncio das madrugadas,
e o grito abafado das canções.
Abraço o caos com ternura,
pois na confusão encontro abrigo,
sou a flor que desabrocha na dor,
e a tempestade que busca um abrigo.
Me perco nas páginas que escrevo,
em palavras que nem sempre entendo,
sou a história sem final,
o verso que vai se perdendo.
Sou feita de memórias e esquecimentos,
um mosaico de momentos desfeitos,
onde cada pedaço conta uma história,
e cada história esconde defeitos.
O Eu-lírico adora uma confusão sentimental.