Contradições do Amor

Sou o amor em constante evolução,

odeio tanto quanto amo,

minto para mim mesma,

me enrolo, me troco,

me descabelo,

me jogo no travesseiro

e me leio pelo avesso.

Caminho em círculos,

entre promessas e desilusões,

sou o silêncio das madrugadas,

e o grito abafado das canções.

Abraço o caos com ternura,

pois na confusão encontro abrigo,

sou a flor que desabrocha na dor,

e a tempestade que busca um abrigo.

Me perco nas páginas que escrevo,

em palavras que nem sempre entendo,

sou a história sem final,

o verso que vai se perdendo.

Sou feita de memórias e esquecimentos,

um mosaico de momentos desfeitos,

onde cada pedaço conta uma história,

e cada história esconde defeitos.

O Eu-lírico adora uma confusão sentimental.

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 16/08/2024
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