O peso da confissão
Em vão, tentei me esconder,
No silêncio, na sombra, no além.
A culpa, um fardo a crescer,
Afogava-me em um mar de aflição.
Conformado, em paz vivia,
Mas a voz da consciência chamava.
Impulsiva, a verdade surgia,
E em um instante, tudo mudava.
Palavras de amor, brasas a arder,
Queimaram a máscara que eu usava.
Em vão busquei me defender,
Pois a verdade, cruel, me acusava.
A conta chegou, a dívida é grande,
E eu, falido, sem o que dar.
O amor, vício insaciável, me prende,
E a esperança, barco a naufragar.
No banco do amor, meu nome está escrito,
Inadimplente eterno, sem perdão.
O peso da confissão me consome,
E a saudade da paz, uma ilusão.