Dia cinza

Um dia cinza me olhava,

frio, meticuloso.

Do lado de fora, sorria.

Eu o olhava pela janela

e passávamos a tarde assim...

Um sono depois do meio-dia,

parecia que chovia, mas não.

Um dia qualquer de inverno,

eu desejava os seus beijos,

pensava nos seus abraços.

O amor me afligia o peito.

Canto errante de urutau,

Uivos de lobos vorazes.

A Lua falava comigo

de suas estrelas e sonhos...

Embalava meus cantos de poeta.

Sonhava com quimeras, outras galáxias

e as via sob minha janela.

Caia o orvalho.

Noite fria.

Eu te via, fascinante, belo,

Olhos reluzentes,

cor do dia.

Seguíamos dançando um tango.

Noite fria.

Quero te viver vida a fora,

alegria imensa.

Olhos de abismo, eu te caio.

Céu nublado.

Acordo deste sonho com teu beijo.

Da janela, te olho e te desejo.

Noite fria, corpo quente.

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Mais um poema te dedico, meu amor!

Que Deus me dê muitos e muitos anos desta alegria que é te escrever! Maior felicidade não há!

Te amo muito, Cris!