Teus olhos
Sob seus olhos, sinto-me exposta,
Como se o mundo inteiro pudesse ver,
A fragilidade que escondo em sorrisos,
E o caos que carrego em silêncio.
Nada pode me abalar,
Exceto o vazio em que me encontro,
Aqueles olhos que me despem de ilusões,
Desnudando verdades que eu temia ver.
Encontro refúgio nesses olhos,
Mas também me perco em devaneios,
Pois são eles que me curam,
E ao mesmo tempo enlouquece.
Um desejo de me perder
E, talvez, de me encontrar também.
É um passo hesitante em direção ao desconhecido,
Mas que já não consigo mais evitar.