Confusão
Em meio a um jardim de homens, qual flor a desabrochar,
Tinha ela a beleza que atraía, mas a alma a confundir.
Uns a chamavam de gostosa, mas o olhar, em outras se perdia,
Em um jogo cruel de ciúmes, era a dor que desabrocharia.
Havia o romântico, com flores e jantares à luz da lua,
E o solícito, jurando amor eterno, um porto seguro,
Mas era o errado que a chamava, com a força de uma ventania,
Levando-a para a chuva, em um amor tempestuoso e insano.
Com ele, a vida era um caos, um turbilhão de emoções,
Ele a fazia quebrar regras, a desafiar a razão.
Roubava-lhe beijos molhados,
E inventava histórias para tê-la, nas noites de paixão.
Mas a cada tempestade, um raio de sol a encontrava,
Em um brigadeiro caseiro, em um sorriso a qualquer hora.
E ela, presa em um labirinto, a si mesma se perguntava:
Qual caminho seguir? Qual amor escolher? Qual futuro a esperava?
E assim, perdida em um mar de dúvidas,
Seguia em frente, sem saber aonde ir, o coração em pedaços e,
A alma ferida, sonhando com um amor que a fizesse feliz,
E a salvasse da confusão, que era a sua vida.