Confusão

Em meio a um jardim de homens, qual flor a desabrochar,

Tinha ela a beleza que atraía, mas a alma a confundir.

Uns a chamavam de gostosa, mas o olhar, em outras se perdia,

Em um jogo cruel de ciúmes, era a dor que desabrocharia.

Havia o romântico, com flores e jantares à luz da lua,

E o solícito, jurando amor eterno, um porto seguro,

Mas era o errado que a chamava, com a força de uma ventania,

Levando-a para a chuva, em um amor tempestuoso e insano.

Com ele, a vida era um caos, um turbilhão de emoções,

Ele a fazia quebrar regras, a desafiar a razão.

Roubava-lhe beijos molhados,

E inventava histórias para tê-la, nas noites de paixão.

Mas a cada tempestade, um raio de sol a encontrava,

Em um brigadeiro caseiro, em um sorriso a qualquer hora.

E ela, presa em um labirinto, a si mesma se perguntava:

Qual caminho seguir? Qual amor escolher? Qual futuro a esperava?

E assim, perdida em um mar de dúvidas,

Seguia em frente, sem saber aonde ir, o coração em pedaços e,

A alma ferida, sonhando com um amor que a fizesse feliz,

E a salvasse da confusão, que era a sua vida.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 12/08/2024
Reeditado em 12/08/2024
Código do texto: T8127027
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