Juntamos nossos fragmentos no calor dos abraços.
No bálsamo das palavras, purificamos nossas almas laceradas por amores pretéritos.
Quantas vezes, para nos redimir, unimos nossas bocas.
Aplacando as lágrimas nas noites assombradas por pesadelos,
dores e saudades.
Assim, dia após dia, superamos as tempestades.
Reconstruindo nossas existências.
Recuperando o fulgor das manhãs no olhar.
Paz em nossos corações.
Poesia em nossas almas.
Conseguimos, enfim, avistar um horizonte que despontou no amor.
Nascido dos fragmentos refeitos em silêncio em nós.
(Cida Vieira)