Minha vida, qual vida?

Quando o amor se transforma em dor

A felicidade é lagrima que acumula sofrimento

E a infelicidade se junta à tristeza e à solidão, um tormento

Me tirando a paz em todo momento, já nem mais sei quem sou

Minha vida, qual vida? Vida do quê? A mesma de sempre

Você ainda me pergunta se estou bem? Sempre estou bem!

Ao mesmo tempo, sinto vazio na alma, não sou mais o mesmo, talvez um ninguém

Queria ter você aqui, ter você todos os dias, mas você não vem!

Se pudesse voltar no tempo, parar quando nos despedimos

Não haveria despedida, não haveria saudade, nem remorso

O passado é sombra que nos persegue e eu vivo de lembranças

Elas me mantém respirando, e de vez em quando me enchem de esperança

E quando leio, releio suas cartas, é como tivesse lendo minha sentença de morte

Perco o chão, as forças, fico sem reação, é algo que me tira os sentidos

Por minutos eu choro em silêncio, cada palavra de dor é um martírio

E quando chego na parte que você diz que sou o amor da sua vida, eu desabo

Fico completamente perdido, não sei onde estou, se paro ou sigo em frente...

Tem coisas que não mudam, não voltam e nos marcam para a eternidade

Até mesmo na sua rebeldia vejo graça e quando me olha um filme passa

Quando ouço sua voz é como se ligasse um comando no meu peito, quanta saudade!

Penetra minha alma, corre pelas minhas veias, habita meu corpo, minha mente

Meu bem, deixo fluir o amar, na imaginação, mesmo sabendo que esse amor ainda é um sonho

Mas sonhos não envelhecem, não morrem, permanecem, duram para sempre.