AMAR TEM SEUS MISTÉRIOS . . .
transito só
entre o vazio e o nada
e é aqui
que a minha solidão
se acaba
sob um Sol negro
de mim mesmo
triste e arrastante
a goela presa num choro
que não sai
os olhos cravados
num horizonte fosco
de uma cama doente
um olhar cortante
embaciado em devaneios
e tocado de fuligem
a dor rasgando
meus anseios
o coração em vertigem...
eu, e meu eu morrendo
em cada esquina
caio, beijo o frio asfalto
olho pro alto
intenso frio; sorrio; flutuo...
amar também é assim !
(Tadeu Paulo – 2008-01-07)