Eu, por tuas carícias...
Como podes tu, bela flor?
Vingar-se em brotos, em solo infértil?
‘nda por cima, amparar ninhos
Ser abrigo de tantos, e tantos bichinhos
Mantendo-se afável, resiliente e fértil,
...ser viva, bela, carinhosa e ser, amor!
Como pode em ti, tanto esplendor?
Reluzir-se em quimera, sem ter alento?
Tanto brilho, tanta formosura e beleza
Mais isso, isso é magia! ...é natureza
Suplantar teus sofrimentos,
Transformando tua fome e dor; em amor!
Como podes, oh, bela flor?
Como te aguentas, em águas poucas?
Não tem rio aí pra ti umedecer, que te rodeias
Nem valas fartas, perto, nem corredeiras
Ainda assim, molhas em beijo minha boca
E eu por ti, como não, só ter amor!
Talvez possa explicar, eu de ti, esse tanto de amor!
Apesar das dores e faltas, que tens
É que estou sempre em seu caminho
Ao teu belo corpo, e sagrado, bem coladinho
Como teu amante, amado e teu refém!
Em eterno conluio, teu namorado!
Até quereres, nunca sairei, de teu lado!
Sou e serei pra sempre, o teu espinho!
E tu, pra sempre minha, oh, minha flor!