O jeito que nós somos!
Olhe dentro dos meus olhos
vermelhos, eles têm o cheiro
que irradia a agonia do gosto no teu
olhar!
O jeito que a luz solar beija
o chão de inverno, despe-nos
os ventres, vestes de nossas almas...
O jeito que o vento gélido quebra
o calor do meu corpo, copo de cicuta
para um ser de cera, será que seremos?
Olhe dentro dos meus olhos
vermelhos, eles têm o cheiro
que irradia a agonia do gosto no teu
olhar!
O jeito que tua falta queima meu peito
molhado, produz no meu coração esses
cumes, de dois gumes, que rasgam tudo que resta...
O jeito que deixamos essa ligação para
amanhã, transforma toda memória em
presa, que surpresa, somos caçados por ela!
Olhe dentro dos meus olhos
vermelhos, eles têm o cheiro
que irradia a agonia do gosto no teu
olhar!