Uma flor que não fenece

Sob um céu anil, em tarde serena,

Teus olhos encontraram os meus, uma canção amena.

Mas o destino cruel havia traçado a cena;

Em vão foi o meu amor; os sinos lamentaram.

Em sonhos dourados, a vida recomeça,

Correndo em campos, nos braços da doce esperança.

Beijos roubados, eternas promessas, porém,

O despertar é cruel e à incerteza me entrega.

Os sinos ecoaram um lamento, um infortúnio,

Em meu peito, um vazio imenso, mar profundo.

A distância nos separa, um abismo sem fundo;

Preso a este amor, sou um náufrago sem rumo.

Nos sonhos, somos um, livres e sem amarras;

Em cada noite, procuro teu olhar,

Em cada sonho tento te encontrar,

Mas ao acordar, a realidade me desarma.

Os sinos, antes alegres, agora gemem, um eco distante;

Minha alma é ferida; mesmo ferido, meu amor não se apaga.

E em meu coração, tua lembrança permanece, uma chama viva;

Você é minha estrela guia, uma flor que não fenece.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 04/08/2024
Reeditado em 05/08/2024
Código do texto: T8121965
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