A(mar) 2.0
Do amor, eu quero profundidade
Quero que ele seja um mar, no mínimo
Nele, quero estar imersa até o pescoço,
E ainda assim poder respirar
Quero o frescor de suas águas,
Mas não a sua frieza
Quero poder ter os pés no chão
Quero que nele se reflita o céu
E ele se afirme azul
Quero a inconstância de suas ondas
Quero a doçura da manhã e o sal da tarde
Quero poder deslizar entre suas moléculas
E me deslocar sem os pés no chão
Quero fazer a minha profissão de fé a Iemanjá
Quero nadar a favor da corrente
E, se eu afundar, com os meus
Próprios braços voltar à superfície
Afinal, já aprendi a nadar