Chegou minha vez, amada

De partir no quieto, madrugada

Para não agitar teu sono fugaz

Embora durmas distante

Nos braços de outro rapaz.

 

Saio passo a passo, na paz

De quem tudo fez pelo abraço

Pela volta do teu querer errático.

 

Mas agora tudo não há de ser

Ilusão desbotada, fim de estrada

Sem volta e sem amanhecer.

 

Eu parto pois não há ficar

Neste aguardar sem calma

Por alguém que decidiu voar...

 

Voastes, amada, noutra madrugada

Quieta, quieta

Sem chorar, sem dizer nada.

 

Crédito da imagem: https://pt.123rf.com/photo_22996318_homem-s%C3%AAnior-segurando-mala-e-andar-ligado-a-estrada.html