ROSAS AMARELAS

És complexa demais para ler,

E isso é-me impressionante ser,

Aquele que tem a honra de ter-te por musa,

A poesia sublime que tento escrever.

O tempo a qual não posso mensurar,

O indecifrável que me faz querer,

Apenas enxergar pequenos detalhes,

Que possas um dia dar-me a conhecer.

Ah, como sois tão intraduzível, inebriante,

Que vai além da eternidade, e o impronunciável,

Vindo misticamente a transbordar-me inteiramente,

Do mais intenso sabor de tudo o que não se desvela.

Espero, pois, despertar mais um dia que for,

Para correr e fazer-te feliz, como a luz do alvorecer,

E esplendor, como o raio de sol a encher-me da intensidade,

Provinda da própria iluminação, a qual transpassa minha liberdade.

Seu olhar é-me um deleite,

Cujo eclipsar toca-me profundamente,

Lembrando-me de que vens docemente,

Mudando o trajeto do meu improvável destino.

Abres-me o coração para o certo,

De que eu teria sentido-te em cada verso,

O vislumbre das rosas amarelas, de fato,

Quando o meu eu-lírico transmuta ao cair da noite.

Por que olhas-me assim?

Oh, arcanjo vivo e reluzente?

És o ouro invisível interno,

A energia e a prosperidade,

Que exala o aroma indispensável,

Para que se ouça o “som da harpa”,

Onde posso desfrutar estonteante,

Da plenitude que vem à minha mente.

Assim, sendo, BIA,

Estarei diante da alteza,

Mergulhado nas flores em ti,

Num palácio a qual foi criado,

Somente para imprimir em mim,

Os sonetos a qual tens me deixado.

Poema n.3.089/ n.60 de 2024.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 01/08/2024
Código do texto: T8119818
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