ROSAS AMARELAS
És complexa demais para ler,
E isso é-me impressionante ser,
Aquele que tem a honra de ter-te por musa,
A poesia sublime que tento escrever.
O tempo a qual não posso mensurar,
O indecifrável que me faz querer,
Apenas enxergar pequenos detalhes,
Que possas um dia dar-me a conhecer.
Ah, como sois tão intraduzível, inebriante,
Que vai além da eternidade, e o impronunciável,
Vindo misticamente a transbordar-me inteiramente,
Do mais intenso sabor de tudo o que não se desvela.
Espero, pois, despertar mais um dia que for,
Para correr e fazer-te feliz, como a luz do alvorecer,
E esplendor, como o raio de sol a encher-me da intensidade,
Provinda da própria iluminação, a qual transpassa minha liberdade.
Seu olhar é-me um deleite,
Cujo eclipsar toca-me profundamente,
Lembrando-me de que vens docemente,
Mudando o trajeto do meu improvável destino.
Abres-me o coração para o certo,
De que eu teria sentido-te em cada verso,
O vislumbre das rosas amarelas, de fato,
Quando o meu eu-lírico transmuta ao cair da noite.
Por que olhas-me assim?
Oh, arcanjo vivo e reluzente?
És o ouro invisível interno,
A energia e a prosperidade,
Que exala o aroma indispensável,
Para que se ouça o “som da harpa”,
Onde posso desfrutar estonteante,
Da plenitude que vem à minha mente.
Assim, sendo, BIA,
Estarei diante da alteza,
Mergulhado nas flores em ti,
Num palácio a qual foi criado,
Somente para imprimir em mim,
Os sonetos a qual tens me deixado.
Poema n.3.089/ n.60 de 2024.