ÍNDIA IRACEMA - (REEDITADA)

ÍNDIA IRACEMA - João Nunes Ventura-12/2016 - (POESIA REEDITADA EM 01.08.2024)

Bela índia Iracema deusa da floresta

Virgem seminua da selva nordestina,

Na dança da aldeia a alegria da festa

Luar enfeitava o corpo dessa menina.

Da sua amada tribo a mais linda flor

O seu caminho de flores a doce paz,

Preciosa mulher ofereceu seu amor

Doce encanto no jardim dos animais.

Querida guerreira de uma bela nação

Colar de osso seu pescoço enfeitava,

Nos lábios de mel afagou um coração

No favo dos beijos a vida perpetuava.

As penas adornavam sua pele macia

Ágil no caminho como a esquiva ema,

A morena perfumada de flores vivia

No grito de amor o canto de Iracema.

A índia valente foge com o namorado

De imenso amor por ele se apaixonou,

Saudade da terra levou o seu amado

Assim de tristeza Iracema mergulhou.

Sua gravidez o seu sonho derradeiro

Após o parto ela deixou de respirar,

Sepultada entre o rio e um coqueiro

Depois batizado com nome de Ceará.

A musa da floresta a formosa mulata

Que a selva virgem era seu doce lar,

Com arco e flecha campeava a mata

E se ela chorou também soube amar.

Poema inspirado no romance de José de Alencar: Iracema a virgem dos lábios de mel.

João Nunes Ventura
Enviado por João Nunes Ventura em 01/08/2024
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