SERENATA AO LUAR

À noite, quando tu, recostada

à minha fronte iluminada,

vias, em festa, a natureza

inigualável em beleza...

Tu, que sempre estavas sorridente,

nesta noite, mais parecias uma serpente,

que, oculta, move-se na mata.

Mas, o quê? Esperavas a serenata.

Mas a serenata! A serenata...

O que diz a serenata?

Já estás sorrindo com o meu gracejo!

Será mesmo? O que ocultas? Talvez... um desejo?

– Não – dizia a moça. Vejo o luar

que a alma me faz arfar.

Ouço os sons, as notas do piano.

Um pianista... Quem será? Apenas um insano!

– Estás a me enganar – disse eu.

Tu não dizes a verdade como eu.

Estás a olhar o horizonte

ou então além, muito além daquele monte.

Dize a verdade: quem estás a esperar?

Talvez um noivo, namorado? Quem será?

Dize, ó meu anjo: de quem é teu coração?

Tu amas outro certamente! Ou é só uma afeição?

Revisora textual, Consultora literária, Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes); Acadêmica Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL), Imortal Fundadora da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA) e Acadêmica da Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía (ABMLP)

In "Seguindo meu coração", Helvetia Éditions

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