Canibal

Nos olhos teus, encontro meu desejo,

Um apetite que devora a razão,

Na dança das emoções, eu me vejo,

Consumido por tua doce atração.

Teu amor é um banquete de loucura,

Um prato servido com um toque fatal,

E eu, como um canibal em ternura,

Degusto cada instante, cada sinal.

O amor nos faz famintos, predadores,

Desejando cada pedaço de presença,

Em cada toque, mordida de sabores,

O prazer do consumo sem ofensa.

Quero devorar teus sorrisos furtivos,

Com a fome insaciável que me invade,

Como um canibal que não tem motivos,

A não ser a sede intensa da saudade.

Teus beijos, pratos principais do banquete,

São iguarias que saciam meu coração,

Cada encontro é um ritual que repete,

O sabor irresistível da nossa união.

Amor canibal, paixão que consome,

Uma força que devora sem piedade,

E entre devaneios, perco meu nome,

Entregue ao festim da eternidade.

Se este amor é canibalismo, que seja,

Pois em ti encontro meu alimento,

E no devorar, descubro que desejo,

Ser parte do teu ser a todo momento.

Nos teus braços, sou o faminto amante,

Entregue à dança do apetite voraz,

E como um canibal elegante,

Devoro o amor que em ti se faz.

Marco Antônio Costa
Enviado por Marco Antônio Costa em 30/07/2024
Código do texto: T8117988
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