À tua procura
À tua procura,
me debato contra tua carne
Dispo-te de todos os fardos
que encobrem teu ser
Asculto tua linguagem pulsante
que reensina meus olhos a ver
No arco dourado do teu olhar
encontro o espaço
que preciso pra existir
muito além dos ponteiros egoístas do Tempo
Te emolduro entre os dedos,
sob o ímpeto de te arrebatar do teu degredo
E nas frestas que o teu espírito abre a cada sorriso
eu renuncio ao corpo finito
pra me perder entre as fagulhas
desse arroubo de eternidade