Amor, te chamo!

 

Assim como a sombra que me acompanha,

Como o Sol que me ilumina,

Como a canção que me acalma,

Com a força de minha alma,

 

Amor, te chamo!

 

Chamo-te dia e madrugada,

Como se o tempo não fosse nada,

Como se nada fosse mudar,

Como se a cidade não existisse.

 

Sem ti não existe o sentido,

O falar no ouvido,

O beijo ébrio de tão intenso,

O vento assanhando seus cabelos,

O mar afogando meus instintos.

 

Sem ti eu nada sinto.

Minto a mim mesmo estar vivo,

Mostro a todos os meus segredos,

Tenho medo

De todos os meus medos.

 

Mudo meus modos,

Tudo me incomoda,

Até o gotejar da chuva

Que antes nos acariciava...

 

Sem ti não anoitece,

Nada acontece,

Ando tropeço nas ruas,

Vejo luas que não brilham,

Flores que não respiram,

Lugares que desconheço.

 

Sem ti não há primavera.

Sequer a primeira vez,

Nem o talvez, depois,

Nós dois.

 

Sem ti o som entristece,

Os acordes se perdem

A vida segue sem ritmo,

Como um fio d´água

Secando em sua nascente.

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 29/07/2024
Código do texto: T8117299
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