Amor de Almas

Oh morte por que é tão cruel para com este poeta imortal?

Abriu cratera em minha alma, deixando um espaço entre a dor e a saudade

Feriu um coração que amou loucamente e agora vive agonizante

Que chora sem parar de tristeza, quase se afogando em seu próprio pranto

Lágrimas que cobrem o leito como se fosse um oceano de sofrimento

Oh morte, não precisa fingir ou se vingar deste pobre mensageiro das letras

Estou derrotado, desalmado , mergulhado numa melancolia sem fim

Por que me vendo em desespero, ainda assim, ri de mim?

Daria minha vida para não levar minha amada

Faria qualquer coisa para não sentir dolorosa despedida

O destino traiçoeiro me pregou uma peça e que surpresa!

Me separando de meu primeiro e único amor

Absolutamente grande, maior que tudo, infinitamente superior

Amor que não cabe, não se mede, amor de almas

Oh morte, me rouba o ar, os meus sonhos, meu maior tesouro

Tira o alimento da minha boca, o mais belo e encantador sorriso

Oh morte, vê se me esquece, meu corpo, há muito, padece

Por um amor que não morre, me entristece, me emudece!