DELÍRIOS DE MIM

 

Ainda que eu não te chame

Ouvirá no vento a minha voz

Murmúrio da minha saudade

No pôr do sol do amanhecer.

 

Sentirá o eco do meu pranto

Nas folhas secas do outono

No sussurro da garoa frienta

Do crepúsculo do entardecer.

 

Na cantoria triste do rouxinol

No silenciar desolado d'alma

Que vaga no deserto de mim

Na caçada incessante de ti.

 

No ranger do balanço da rede

No vácuo da estrada sem fim

Nos acordes do teu coração

O grito do meu infinito amor.