EFEMERIDADE...

No crepúsculo dourado, o poeta se inclina,

Observando as pétalas de rosa dançarem no vento.

Ele sabe que a vida é breve, como um suspiro,

E que cada verso é um fragmento do eterno.

As folhas caem, como lágrimas do outono,

E o poeta as recolhe, transformando-as em versos.

Ele pinta o céu com palavras, como um artista,

E a lua sorri, cúmplice de seus segredos dispersos.

O tempo, implacável, tece sua teia invisível,

Mas o poeta desafia sua voracidade.

Ele captura momentos fugazes, como borboletas,

E os imortaliza em estrofes de serenidade.

Nas margens do rio, ele escuta o murmúrio das águas,

E nas estrelas, encontra respostas para suas perguntas.

Ele é o guardião das memórias, o arauto da esperança,

E sua pena é a lança que perfura a escuridão.

Assim, o poeta dança com o tempo,

Cantando a efemeridade com paixão.

Seus versos são faróis na noite,

Guiando-nos para além da mortalidade.

Nuno da silva pereira
Enviado por Nuno da silva pereira em 27/07/2024
Código do texto: T8115791
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