EFEMERIDADE...
No crepúsculo dourado, o poeta se inclina,
Observando as pétalas de rosa dançarem no vento.
Ele sabe que a vida é breve, como um suspiro,
E que cada verso é um fragmento do eterno.
As folhas caem, como lágrimas do outono,
E o poeta as recolhe, transformando-as em versos.
Ele pinta o céu com palavras, como um artista,
E a lua sorri, cúmplice de seus segredos dispersos.
O tempo, implacável, tece sua teia invisível,
Mas o poeta desafia sua voracidade.
Ele captura momentos fugazes, como borboletas,
E os imortaliza em estrofes de serenidade.
Nas margens do rio, ele escuta o murmúrio das águas,
E nas estrelas, encontra respostas para suas perguntas.
Ele é o guardião das memórias, o arauto da esperança,
E sua pena é a lança que perfura a escuridão.
Assim, o poeta dança com o tempo,
Cantando a efemeridade com paixão.
Seus versos são faróis na noite,
Guiando-nos para além da mortalidade.