O MILAGRE DO NASCIMENTO!
Nas asas do tempo, o ventre se abre,
E da escuridão emerge a vida,
Um milagre divino, um laço sagrado,
O nascimento, em sua essência, tecido.
Nenhum corpo vivo pode se tornar pessoa,
A menos que já traga consigo a centelha,
Uma alma antiga, um fio de luz,
Que se entrelaça com o universo em sua malha.
O útero é o templo, o berço da criação,
Onde os deuses sussurram segredos ancestrais,
E a mãe, com amor e dor, dá à luz,
Um ser que dança entre o céu e os vendavais.
Cada choro é uma prece, cada olhar, um milagre,
A respiração, um hino à vida que se desenha,
E os braços da mãe, como asas protetoras,
Envolvem o recém-nascido na dança da esperança.
Nascimento, oh divindade! Respeitamos teu mistério,
A jornada da alma que se inicia na carne,
E celebramos cada novo amanhecer,
Quando a vida se desdobra, como pétalas de um jardim.
Que possamos lembrar, com reverência e gratidão,
Que nenhum corpo vivo é apenas matéria,
Mas sim um fragmento do eterno, um elo sagrado,
Que nos conecta ao cosmos, à vastidão do ser.
Assim, honramos o nascimento, com humildade e amor,
Como uma dádiva divina, um presente do além,
E cuidamos desse milagre com ternura e devoção,
Pois cada vida é uma estrela que brilha no firmamento.