Entre o ódio e o amor
Em meu ser, um turbilhão de emoções se enlaça,
Um fogo ardente que aquece e queima em brasa,
Um ódio visceral que corrói e dilacera,
Uma tempestade impiedosa que afoga e leva.
A dor está me consumindo,
Estou odiando você, meu anjo protetor,
Tornou-se meu algoz, despedaçou meu coração,
Em mil pedaços, sem compaixão.
A verdade que eu tanto temia se revelou,
Num sorriso cínico, sua traição confessou,
Atirando-me à sarjeta, deixando-me sem norte,
A qualquer instante, espero meu encontro com a morte.
A cada sílaba, um espinho em meu peito cravou,
A tempestade assombrou-me, o tormento, de mim se apoderou,
Ao descobrir que em lascívia você se divertia,
Sem comigo, no mínimo, se importar.
Sua desumanidade me triturou,
A amargura em mim se instalou,
Agora vivo em impasse, entre ódio e amor,
Aproximando-me da morte.