Portas trancadas
Em meu ser, a decisão já tomada,
Convidar-te, não cabe em meu intento,
Em teus olhos, busco a tua alma nua,
Sem súplicas, sem lamento.
Teu "não", não busco, nem teu limite afronto,
Pois no teu âmago, reside o mistério.
Se há barreiras em teu confronto,
Meu olhar as dissolve, sereno e etéreo.
Quebra de promessas, jamais solicitarei,
Sigo em frente guiado pela verdade,
Sem mágoas, sem rancor, pois por ti,
O meu respeito, flui ternamente.
Sofrimento? Desnecessário tormento,
Acolho o teu “não”, sem mágoas,
Surdez ou desatenção, véus a dissipar,
As portas do meu coração, pela desilusão,
Há tempos, foram trancadas em eterno silêncio.