ROSA VERMELHA
Já
lhe carreguei nos braços,
bêbada,
ébria,
embriagada,
pelas ruas escuras,
na madrugada!
Fui seu anjo da guarda,
confidente,
parceiro,
e
na sua loucura,
ofereci-lhe,
colo,
chamego,
remédio,
cura...
Não permiti que ninguém tocasse,
um fio de cabelo seu!
Vi seu corpo
desnudo,
aberto,
oferecido,
e
protegi-o de todos,
até
de mim...
Cobri sua nudez
com um lençol
de linho branco,
e
deixei-a na cama,
segura,
protegida,
feito uma criança querida...
Só fui embora,
quando vi brotar
em você,
um tímido sorriso de consciência!
E
mesmo assim,
sem saber o que mais fazer,
deixei-lhe uma rosa vermelha,
como prova incontestável
do meu amor!
Revisão: Vera Sarres
verasarres.revisao@yahoo.com.br