Descanso
Eu só queria uma rede de balanço, a água gemida e remanso, conversar com colibris.
De vez em quando, sonhar, te querer e te tomar, entre os braços meus, sentir teus lábios.
E de noitinha, um conhilo, sob os sons noturnos e grilos, lá ao fundo, um vento brisar.
Balançando a rede, a cortina, pios de passarinho e ruídos , na noite, um gozo de amar.
E os dias passam de riacho, águas mansas, quedas frias, um recanto de viver.
Não é tanto e tanto faz, se o relógio está quebrado, sem ponteiros, apressado, vivendo de calmaria.
Pinto uma felicidade, bem matuto ou entre os loucos, deslizando sonhos meus.
Passeio em ruas de pedras, um céu cor de rosa, e um enfeite de passaredo.
Eu só queria uma rede...
João Francisco da Cruz