AURORA
Tão bela era a noite
Que roguei ao Sol
Deixar de vir hoje...
E aos pássaros, que não cantassem
E que os brados emudecessem
Para que a Noite guardasse no silêncio...
O sorriso, ou mesmo o pranto
A virtude, a lisura
Também a mácula d'um pecador...
Mas reclama a aurora teu beijo
Teus lábios, como o desejo do amante
Que ávido, chama teu nome!