Ficar para sempre

Sua mão apenas conheceu a sensação

De segurar a minha por não mais

Que um segundo

Pois esta sempre foi

Afastada pelo medo

Seu desejo sempre foi

Ser alimentada pelo calor dela

Constantemente, sem ficar com

Fragmentos efêmeros

Cortados assim que

O medo começa a agir

O medo sempre colocou

Desculpas em minha boca

Lugares para ir

Pessoas para ver

Coisas a se fazer

Ele não gosta de você

Nem dos perigos que ele acha

Que você esconde de mim

Foi necessário momento de insatisfação sua

Um algemar de mãos

Para que eu não pudesse

Escapar de você

Só assim para meu medo perceber

Que você não tem escamas monstruosas

Nem bafo flamejante, muito menos

Olhares hostis

És portadora de pele macia

Olhares evidenciadores

Da sua necessidade da minha

Presença

E palavras mornas

Que atraem minha boca

À sua

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 19/07/2024
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