Coração Poeta
vai solta e exprima a sua dor
Insira na película de ti mesmo
A sombra desse lânguido amor
Que te fere fora de ti a esmo
Vai corre a saudar o divino
E a mãe de todos os poemas
Cristalize ,o ideal, o teu menino
Que corrói todos os seu dilemas
Vai, brada rasgante a todos os céus
Que por mais que queira o coração poeta
Não pode as vezes queimar o véu
Filtrante da penumbra irrequieta
Vai ,leva e entesoura no abismo
Oceânico das quimeras transcendentais
A poesia, os versos e todo o seu lirismo
Aos rios de paixões que não secam jamais
Vai, desbrava e mitiga a sede de amor
Dos amores que sonham em poetarem
Esperando que tu preenchas a lacuna de dor
Que baila entre duas vidas a se separarem
Vai, segui só, coração poeta
Com suaves versos a transpor
A inóspita barreira pateta
Do mal que há entre a dor e o amor
já ,foi, ? Não sofra ,ria em versejar
É esse ,amigo, o seu Celso existir
Coração poeta, se quer chorar
Chore também sem resistir
Resistiu ao infarto que te feriu
Pensando bem foi a sua sorte
Momentos doridos sei que viveu
Em meu peito te ocultaste da morte
Coração poeta a vida breve passa
todavia enquanto por aqui bater
Leve aos corações cheia a taça
De liquidas poesias aos que querem beber...