DELÍCIAS DE INVERNO
Folhas mortas no chão
Acumuladas, preparadas
Para sua metamorfose
Temperatura caindo
Roupas cheirando a naftalina
Nos convidam a compartilhar
Seu odor, sua textura, sua clausura
Temperatura caindo, unindo
Corpos sedentos de carinho
Aconchego, um chamego
Uma taça de vinho,
Uma lareira,
Um tapete macio
Corpos entrelaçados, apaixonados
Uma noite de inverno,
Uma cabana aquecida
Aconchegados sob a luz do lampião
Revelação de uma paixão
Ao som de uma melodia
Que inebria, contagia
Determina, contamina
Delícias de inverno...
Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) 18/07/24