Máscaras

E se for mentira

- os sarcófagos -

escritos em teus claustros.

Na fonte de um olhar indiscreto

murcham os segredos,

murmúrios de vento

destinos perplexos.

A cartola revela o coelho

e a intimidade devora

(possui)

a loucura em flor:

palavras soltas na brisa

como cisnes no paraíso

desejos profanados

em sorrisos marotos

entreabertos em bocas

turbilhão de beijos,

tantos beijos!

e nada mais;

fingir-se de morto

é o que fazem os seres noturnos

por trás das máscaras de vênus.

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 10/01/2008
Reeditado em 19/07/2008
Código do texto: T810807
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