O Velho carvalho

Era um vale plano e de uma verdura sem par,

A um canto se elevava um grande e frondoso carvalho,

Uma escultura, uma árvore de estrutura exemplar,

Do outro, um campo rasteiro de trigo maduro,

Se espalhava como um tapete dourado a cintilar,

Quando o vento tangia as espigas a pendular.

Foi à sombra deste carvalho que conheci o amor,

E lá ficaram juntos, dois corações entrelaçados,

Eternizados na fortaleza do caule, bem marcados.

Em reverência a essa imagem, nos abraçamos,

Longamente, e por lá ficamos, apaixonados,

Nunca mais separados, sempre juntos; juramos.

O tempo selava a paixão em nome do amor,

Éramos almas gêmeas em um só coração,

Onde a felicidade em emoção se revelava,

Em um lugar que convidava a uma eterna situação,

Que nos unia sem nenhuma vontade de partir,

Pois cada um levava o desejo de permanecer aqui.

Foi um dia lindo, eu me lembro, um sol radiante,

Como um amante que sua amada espera apaixonado,

O trigo parecia dançar ao sol da manhã; uma beleza,

Nesta gravura onde faltava a criatura a desejar,

Esperar por todo tempo que o amor pedir,

E por ele ficar e nunca me afastar sem ti.

Era um velho carvalho ali, naquele vale, solitário,

Comtemplando do alto o horizonte sem fim,

A mim era solidário com sua sombra amena e fresca,

E eu ali sentado, angustiado, esperava a felicidade,

Que a porta do meu coração batia em vão,

Eu atendia na ansiedade, mas só encontrava solidão.

JarbasTaboza
Enviado por JarbasTaboza em 14/07/2024
Código do texto: T8106666
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