Como um poema pousa no peito

Um silêncio imenso embarga o olhar...

carrega uma emoção pra dentro da garganta.

Uma solidão grandiosa aperta o coração.

Lá fora a chuva chora pra dentro da alna.

O medo do amanhã se aventura pelo corpo.

No entanto, o sentimento vive...

Acorda o olhar de procuras na madrugada.

O rosto - vermelho e azul - se olha no espelho...

Desencontros se encontram

em nossa janela do tempo profundo...

No silêncio e na solidão grita o coração...

Chama a memória e o Amor....

E a saudade se contempla no grito do poeta...

- Eu estou aqui Amor...

Sabes que nunca,

que jamais estais sozinho....

O Amor se encontra neste grito profundo

Mas também em seu eco... em cada som..

A beleza do Amor Verdadeiro paira na simplicidade.

Como um poema que se desenha palavra

e pousa coração no peito a que se destina.