Aquela do primeiro mês
Te dei o meu amor, quando finalmente senti que era seguro me entregar
Te dediquei meus versos, quando não soube como falar
Te entreguei meu abraço mais caloroso, quando não tinha ideia do que comentar
Te agraciei com meu afago, quando a saudade quis nos matar
Te preparei pratos, quando não sabia mais o que fazer para demonstrar
Me fiz de ouvidos, quando você só queria reclamar
Te presenteei com o perdão, quando você esteve a errar
Usei as minhas mãos, quando suas feridas precisaram estancar
Mas hoje sou eu quem está a sangrar
E de quê valeram tais coisas se sequer foram capazes de a sua mente mudar?
Em meu peito ainda trago a dor e o vazio do terminar
Nada aqui diminuiu ou mudou, não há algo que faça essa sensação aplacar
Sigo desejando o seu retorno com meus olhos a lacrimar
Mas a cada novo dia vejo que sou um tolo que foi condenado a continuar a te amar