BEIJO ROUBADO
Na penumbra da noite, furtivo e ardente,
O beijo roubado, doce e indecente,
Lábios que se encontram, num breve instante,
Segredos trocados, paixão vibrante.
No silêncio cúmplice, o coração dispara,
Como um ladrão habilidoso, sem amarra,
Rouba ternura e desejo, sem pedir licença,
E deixa a alma em chamas, em plena efervescência.
O beijo roubado é um verso proibido,
Escrito na pele, com tinta de gemido,
É o encontro de almas, o desvio do destino,
Um furto de amor que transcende o divino.
Assim, na escuridão, nossos lábios se entrelaçam,
E o mundo desaparece, só o presente abraça,
O beijo roubado, eterno e fugaz,
Deixa marcas indeléveis, como um sonho voraz.